“Quando eu era criança, existiam mais borboletas do que hoje em dia.”
Você provavelmente já deve ter ouvido essa frase dos seus pais, avós ou bisavós.
Infelizmente eles estão certos.
Hoje em dia está cada vez mais raro ver uma borboleta, principalmente nas médias e grandes cidades.
São vários os motivos que explicam esse desaparecimento não só das borboletas, mas também de outros insetos e animais.
A poluição, as mudanças climáticas, o uso de pesticidas e principalmente a especulação imobiliária são uma das principais causas apontadas pelo declínio do grande número de espécies de borboletas.
Hoje em dia existem menos áreas verdes do que há 50 e 70 anos atrás nas médias e grandes cidades do Brasil.
Desde a metade do século XX, o Brasil passou por um grande processo de urbanização, especialmente na região Sudeste.
Dados do IBGE mostram que em 1950, 64% da população brasileira vivia na área rural e 36% vivia na área urbana.
Em 2010, apenas 16% da população brasileira vivia na área rural e 84% vivia na área urbana.
Em 1951, quando foi inaugurada a Rodovia Presidente Dutra (considerada a mais movimentada do Brasil) a cidade de São Paulo tinha cerca de 2 milhões de habitantes e a cidade de Guarulhos apenas 36 mil habitantes.
Em 70 anos, o número de habitantes da cidade de São Paulo saltou de 2 milhões para 12,4 milhões e a cidade de Guarulhos saltou de 36 mil habitantes para o impressionante número de
1 404 694 habitantes, se tornando a segunda cidade mais populosa do Estado de São Paulo, a 13ª mais populosa do Brasil e a 53ª mais populosa do continente americano.
Todo esse processo de urbanização desordenada que aconteceu no Brasil no século XX, acabou contribuindo para a diminuição das áreas verdes nas médias e grandes cidades.
Não é de se espantar que tenha diminuído o número de borboletas nas grandes cidades brasileiras.
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